sábado, janeiro 23, 2016

Psicologia - Frase da semana, 24JAN16: NÃO SE DERROTA A POBREZA SEM DERROTAR TAMBÉM A VIOLÊNCIA DO DIA-A-DIA

Psicologia - Frase da semana, 24JAN16: NÃO SE DERROTA A POBREZA SEM DERROTAR TAMBÉM A VIOLÊNCIA DO DIA-A-DIA


«Temos que começar a tornar o combate à violência [do dia-a-dia] indispensável na luta contra a pobreza. De facto, qualquer conversa sobre pobreza global que não inclua o problema da violência não deve ser vista como séria.»
(We have to start making stopping violence indispensable to the fight against poverty. In fact, any conversation about global poverty that doesn't include the problem of violence must be deemed not serious.)


O tipo de violência de que fala Gary Haugen está presente também no dia-a-dia dos países desenvolvidos; no fundo, em qualquer um em que há pobres - que são todos os países do Mundo!

O exemplo que ele nos traz dos Estados Unidos da América faz-nos, arrepiantemente, pensar na catadupa de casos trágicos dos hospitais e dos serviços de saúde portugueses que, nas últimas semanas, têm chegado ao conhecimento público.

É, no fundo, a denúncia da violência da autoritária (e formalmente legítima) lei administrativa e orçamental.
00:11
Para ser honesto, minha personalidade não é de uma pessoa emotiva. Mas eu acho que na minha carreira isso tem sido uma coisa boa. Sou advogado em direitos civis, e tenho visto algumas coisas horríveis no mundo. Iniciei minha carreira trabalhando em casos de abuso da polícia nos EUA. E então, em 1994, eu fui enviado para Ruanda para ser diretor de investigação de genocídio das Nações Unidas. Acontece que as lágrimas não são de grande ajuda quando você está tentando investigar um genocídio. As coisas que eu tinha de ver, sentir e tocar eram bem indescritíveis.
00:56
O que eu posso dizer é o seguinte: o genocídio de Ruanda foi uma das grandes falhas de simples compaixão do mundo. [Compaixão] A palavra compaixão, na verdade, vem de duas palavras do latim: "cum passio", que simplesmente significa "sofrer com". E as coisas que eu vi e vivi em Ruanda ao me aproximar do sofrimento humano, de fato, em alguns momentos, me levaram às lágrimas. Mas eu só desejava que eu, e o resto do mundo, tivéssemos nos emocionado mais cedo. E não só com lágrimas, mas, para de fato, parar o genocídio.
01:38
Por outro lado, eu estou envolvido num dos maiores sucessos de compaixão do mundo. [A luta contra a pobreza global] A luta contra a pobreza global. É uma causa que provavelmente tem envolvido todos nós aqui. Não sei se o seu primeiro contato tenha sido o refrão de "We Are The World", ou talvez uma foto de uma criança apadrinhada na porta do seu refrigerador, ou talvez o aniversário que você doou por água fresca. Não lembro qual foi ao certo o meu primeiro contato com a pobreza, mas eu me lembro do mais chocante.
02:12
Foi quando conheci Venus. [Zâmbia] Ela é uma mãe zambiana. Ela tem três filhos e é viúva. Quando a conheci, ela havia caminhado cerca de 20km, com a única peça de roupa que possuía, para vir à capital e compartilhar a sua história. Ela ficou comigo por horas, e me introduziu ao mundo da pobreza. Ela me descreveu como é quando o carvão usado para cozinhar se apaga completamente. Quando a última gota de óleo para cozinhar finalmente acaba. Quando o último alimento, apesar de seus esforços, acaba. Ela teve que ver seu filho mais novo, Peter, sofrer de desnutrição, enquanto as pernas dele lentamente se enfraqueciam, os olhos ficavam, cada vez mais, sombrios e turvos e, então, ele acabou falecendo.
03:17
Por mais de 50 anos, histórias como esta tem nos levado à compaixão. Nós, cujos filhos têm o que comer. E somos levados a não nos preocupar apenas com a pobreza global, mas realmente tentar fazer a nossa parte para parar o sofrimento. Agora, há muito espaço para criticar que não temos feito o bastante, e o que temos feito não tem sido suficientemente efetivo, mas a verdade é esta: A luta contra a pobreza global é provavelmente a mais abrangente, e a maior manifestação do fenômeno humano da compaixão na história de nossa espécie. E então, eu gostaria de compartilhar uma observação bem surpreendente que pode mudar para sempre o jeito que você pensa sobre esta batalha.
04:03
Mas primeiro, vou começar com o que você provavelmente já sabe. Há 35 anos, quando eu estava terminando o ensino médio, falava-se que 40 mil crianças morriam todos os dias por causa da pobreza. Este número, hoje, é menor que 17 mil. Ainda é muito, claro, mas, de fato, isto significa que a cada ano há 8 milhões de crianças que não morrem por causa da pobreza. Além disso, o número de pessoas no mundo que estão vivendo na pobreza extrema, àquelas que vivem com cerca de US$1,25 por dia, tem caído de 50%, para apenas 15%. Este é um enorme progresso, e supera as expectativas de todos sobre o que é possível. E eu penso que nós... Eu acho, honestamente, que nós podemos nos sentir orgulhos e animados em ver o modo que a compaixão pode atuar com êxito em acabar com o sofrimento de milhões.
05:09
Mas aqui vai a parte que você não deve ter ouvido falar muito. Se você elevar a faixa da pobreza para apenas US$2,00 ao dia, vemos praticamente as mesmas 2 bilhões de pessoas que estavam dentro da pobreza extrema quando eu estava no ensino médio, no mesmo lugar, 35 anos depois.
05:29
Então por que, por que tantos bilhões ainda estão dentro da pobreza extrema? Bem, vamos pensar sobre Venus por um momento. Por décadas, eu e minha mulher temos sido movidos pela compaixão em comum de ajudar crianças, financiar microempréstimos, apoiar vários níveis de auxílio internacional. Mas até eu ter falado com Venus de fato, eu não tinha ideia que nenhuma dessas abordagens realmente se endereçava ao porquê ela tinha de ver o filho morrer. "Nós estávamos bem", Venus me disse, "até Brutus começar a causar problema." Bom, Brutus é o vizinho de Venus, e "causar problema" é o que aconteceu no dia seguinte à morte do marido dela; quando Brutus simplesmente veio e jogou Venus e as crianças para fora de casa, roubou toda a terra e a banca de feira deles. Você vê, Venus foi jogada na miséria pela violência.
06:31
E então eu percebi, é claro, que nenhum patrocinador das minhas crianças, nenhum dos microempréstimos, nenhum dos programas antipobreza tradicionais iriam parar Brutus, porque não é o objetivo deles.
06:48
Isto ficou ainda mais claro para mim quando eu conheci Griselda. Ela é uma jovem garota maravilhosa que vive numa comunidade muito pobre na Guatemala. E uma das coisas que temos aprendido ao longos dos anos, é que talvez a coisa mais poderosa que Griselda e a família dela podem fazer para sair da pobreza é ter certeza que ela vá para a escola. Os especialistas chamam isto de "Efeito Garota". Mas quando nós conhecemos Griselda, ela não estava indo para a escola. De fato, raramente ela saía de casa.

07:27
Dias antes de a conhecermos, enquanto ela voltava para casa da igreja com a família, em plena luz do dia, homens da comunidade a agarraram na rua e a estupraram violentamente. Veja, Griselda teve toda oportunidade para ir para a escola, simplesmente não era seguro para ela ir lá. E Griselda não é a única. Ao redor do mundo, mulheres e garotas pobres com idade entre 15 e 44 anos, quando vítimas da violência diária, como violência doméstica e abuso sexual; estas duas formas de violência, juntas, somam mais mortes e invalidez do que a malária, acidentes de carro, e guerras juntos. O fato é que os pobres do mundo estão presos num sistema de violência.
08:27
No sul da Ásia, por exemplo, eu poderia passar por um engenho de arroz e ver um homem carregando sacos de 45kg de arroz nas costas. Mas eu não teria ideia, até mais tarde, que ele, na verdade, era um escravo, mantido pela violência naquele engenho de arroz, desde que eu estava no colégio. Décadas de programas antipobreza localizados na comunidade dele, nunca foram capazes de salvá-lo, ou as outras centenas de escravos, dos espancamentos, estupros e tortura dentro do engenho. De fato, meio século de programas antipobreza deixaram mais pessoas na escravidão do que qualquer outra época na história da humanidade.
09:12
Especialistas nos dizem que há por volta de 35 milhões de pessoas escravas hoje. Isto é praticamente toda a população do Canadá, onde estamos hoje. Este é o porquê, ao longo do tempo, eu passei a chamar esta epidemia de violência de "Efeito Gafanhoto". Porque na vida dos pobres, isso simplesmente vem como uma praga e destrói tudo. De fato, agora quando você examina comunidades muito, muito pobres, os moradores lhe dirão que o maior medo deles é a violência. Mas note que a violência que eles tem medo não é a violência de genocídio ou guerras, é a violência diária.
09:53
Para mim, que sou advogado, é claro, a primeira reação foi pensar: "Temos que mudar todas as leis." "Temos que tornar toda esta violência contra os pobres, ilegal." Mas então eu descobri, que já é ilegal. O problema não é que não existem leis para os pobres e, sim, que ela não é aplicada. [Aplicação da lei] No mundo em desenvolvimento, o sistema de aplicação de leis básicas está tão enfraquecido que recentemente as Nações Unidas publicou um relatório que descobriu que "as pessoas mais pobres vivem fora da área da proteção da lei." Agora, honestamente, nós não temos idéia do que isto significa, porque nunca vivenciamos isto na pele. O funcionamento da aplicação da lei para nós é totalmente pressuposto. De fato, nada expressa melhor isto do que três simples números: 9-1-1 que, claro, é o número da emergência policial aqui no Canadá e nos Estados Unidos, onde o tempo médio de resposta a uma ligação de emergência é por volta de dez minutos. Isto nos foi garantido por direito.
10:59
Mas e se não houvesse a aplicação da lei para te proteger? Recentemente, uma mulher do Oregon vivenciou como seria isso. Ela estava sozinha, em sua casa escura, num sábado à noite, quando um homem começou a se dirigir até la. Este foi o seu pior pesadelo, porque este homem já havia mandado ela para o hospital, após um estupro, apenas duas semanas antes. Amedrontada, ela pega o telefone e faz o que qualquer um faria: Liga para o 911, mas fica sabendo que por causa do corte de orçamento de seu município, a aplicação da lei não estava disponível aos finais de semana. Escute. Telefonista: Eu não tenho ninguém para mandar aí. Mulher: Tudo bem. Telefonista: Se ele entrar na residência e te atacar, você pode pedir para ele ir embora? Você sabe se ele está drogador ou algo assim? Mulher: Eu já pedi para ele. Falei que estava te ligando. Ele já invadiu antes, arrombou a porta, me atacou. Telefonista: Uhum. Mulher: Hum, é, então... Telefonista: Há alguma maneira de você sair da residência de modo seguro? Mulher: Não, eu não posso, porque ele está bloqueando meu único caminho de saída. Telefonista: Bem, eu só posso te dar alguns conselhos e ligar para o escritório do delegado amanhã. Obviamente, se ele entrar e infelizmente estiver armado ou tentar te machucar fisicamente, aí é uma outra história. O escritório do delegado não funciona hoje. Eu não tenho ninguém para enviar.
12:28
Gary Haugen: Tragicamente, a mulher dentro da casa foi violentamente atacada, estrangulada e estuprada porque é isto que significa viver fora do domínio da lei. E isto é onde bilhões das pessoas mais pobres vivem. Como isso funciona? Na Bolívia, por exemplo, se um homem ataca sexualmente uma criança pobre, estatisticamente, ele tem um risco maior de escorregar no banho e morrer do que ele ir para a prisão por causa deste crime um dia. No sul da Ásia, se você escraviza uma pessoa pobre, você corre um risco maior de ser atingindo por um raio do que de ser mandado para a prisão por este crime. E então a violência epidêmica diária, simplesmente impera. E devasta nossos esforços em tentar ajudar bilhões de pessoas a sair do inferno delas de US$2 por dia. Porque as estatísticas simplesmente não mentem. Acontece que você pode dar os melhores bens e serviços aos pobres, mas se você não impedir que agressores tomem tudo deles, você vai se decepcionar com a eficácia de seus esforços em longo prazo.
13:46
Você pode pensar que a desintegração da aplicação básica da lei no mundo em desenvolvimento, seja uma enorme prioridade para a luta global contra a pobreza. Mas não é. Recentemente, auditores da assistência internacional verificaram que nem mesmo 1% da ajuda é encaminhada para proteger os pobres do caos da violência diária. E honestamente, quando falamos sobre violência contra os pobres, às vezes, é de uma das maneiras mais estranhas. Uma organização sobre questões da água, tem um caso de partir o coração sobre garotas que são estupradas quando vão buscar água e, depois, celebra a solução do problema com um novo poço que encurta drasticamente o trajeto delas. Fim da história. Mas nenhuma palavra sobre os estupradores que ainda estão lá na comunidade. Se uma jovem, num campus universitário, fosse estuprada em sua ida à biblioteca, nós nunca celebraríamos a solução de mudar a biblioteca para mais perto do quarto. E ainda assim, por alguma razão, isto é normal para as pessoas pobres.
14:59
Agora a verdade é: os especialistas tradicionais em desenvolvimento econômico e redução da pobreza, não sabem como solucionar este problema. Então o que acontece? Eles não conversam sobre isto. Mas a principal razão para a aplicação da lei aos pobres no mundo em desenvolvimento ser tão negligenciada, é porque as pessoas que pertencem a este mundo, que tem dinheiro, não precisam dela. Há pouco, eu estava no Fórum Econômico Mundial, conversando com executivos que tem grandes negócios nestas regiões, e perguntei para eles: "Como vocês protegem seu pessoal e as propriedades de toda esta violência?" Eles se entreolharam e disseram, praticamente, em uníssono: "Nós compramos."
15:50
De fato, equipes de segurança privadas, no mundo em desenvolvimento, são agora, quatro, cinco e sete vezes maiores que a força policial pública. Na África, o maior empregador do continente agora é a segurança privada. Mas veja, os ricos pode pagar pela segurança e continuar enriquecendo, mas os pobres não podem pagar por ela e são deixados totalmente desprotegidos, sendo lançados ao chão.
16:21
Isso é uma atrocidade contundente e escandalosa. E não tem que ser assim. A não aplicação da lei pode ser consertada. A violência pode ser parada. Quase todos os sistemas de justiça criminal, começam quebrados e corrompidos, mas eles podem ser transformados por meio de esforço e comprometimento.
16:42
O caminho à frente está bem claro. Número um: Nós temos que começar a tornar a questão da violência indispensável na luta contra a pobreza. De fato, qualquer conversa sobre pobreza global que não inclua o problema da violência não deve ser vista como séria.
17:00
E em segundo lugar, temos que começar a investir recursos seriamente e compartilhar conhecimento para ajudar o mundo em desenvolvimento de modo que novos sistemas modernos de justiça pública, não de segurança privada, deem a todos a chance de estar seguros. Estas transformações são de fato possíveis e estão acontecendo hoje. Recentemente, a Fundação Gates financiou um projeto na segunda maior cidade das Filipinas, onde advogados locais e a aplicação local da lei foram capazes de transformar a polícia corrupta, e tribunais falidos, e em apenas quatro anos, eles reduziram consideravelmente o violência sexual contra crianças pobres em 79%.
17:50
Você sabe, a partir de uma visão retrospectiva da história, o que é mais inexplicável e indesculpável são as simples falhas de compaixão. Eu acho que a história pode reunir nossos netos num tribunal para nos questionar: "Vó, vô, onde vocês estavam? Onde você estava, vô, quando os judeus estavam fugindo dos nazistas alemães e estavam sendo rejeitados das nossas costas? Onde você estava? E vó, onde você estava quando eles estavam levando nossos vizinhos nipo-americanos para os campos de concentração? E vô, onde você estava quando eles estavam espancando nossos vizinhos afro-americanos só porque eles estavam tentando votar?" Do mesmo modo, quando nossos netos nos perguntam: "Vó, vô, onde vocês estavam quando as duas bilhões de pessoas mais pobres do mundo estavam se afogando no caos sem lei da violência diária? Eu espero que possamos dizer que tivemos compaixão e elevamos nossas vozes, e como uma geração, nos movemos para fazer a violência parar.
19:07
Muito obrigado.
19:09
(Aplausos)
19:25
Chris Anderson: Brilhantemente argumentado. Conte-nos um pouco sobre algumas coisas que tem acontecido atualmente para aumentar o treinamento policial. Qual é a dificuldade deste processo? GH: Uma das coisas notáveis que está acontecendo agora, é que o colapso destes sistemas e os efeitos estão se tornando óbvios. Na verdade, existe agora vontade política para fazer isto. Mas isso pede investimento de recursos e transferência de conhecimento. Há uma vontade política que está tomando poder, e essas são lutas que se pode ganhar, fizemos algumas coisas ao redor do mundo na Missão de Justiça Internacional que são bem animadores.
20:04
CA: Então, conte-nos quanto custa para um país por exemplo, conseguir uma diferença significativa na polícia, sei que é só uma parte da questão. GH: Na Guatemala, por exemplo, começamos um projeto com a polícia local, o sistema jurídico e promotores para treiná-los de modo eficaz e, assim, dar início a ações criminais. E já vimos processos contra autores de violência sexual aumentarem em mais de 1000%. Este projeto recebe cerca de um milhão de dólares por ano em financiamento, e o custo-benefício que você pode gerar quando se fortalece um sistema de justiça criminal, que funcionaria se fosse adequadamente treinado, motivado e liderado; e estes países, especialmente a classe média, que está vendo que não há futuro com esta instabilidade geral e a privatização total da segurança, eu acho que há uma oportunidade, uma janela para a mudança.
20:59
CA: Mas para que isto aconteça, você tem que olhar cada parte da estrutura... GH:Verdade. CA: A polícia, quem mais? GH: Então, esta é a questão sobre a aplicação da lei, começa com a polícia, ela é a etapa inicial da estrutura da justiça, mas é transferida aos promotores que repassam aos tribunais, e os sobreviventes da violência tem de ser ajudados pelos serviços sociais por todo este caminho. Então você precisa de uma abordagem que una tudo isso. No passado, havia um pouco de treinamento para os tribunais, mas eles recebiam péssimas evidências da polícia, ou uma pequena intervenção dela que tem a ver com narcóticos ou terrorismo, mas nada a ver com tratar uma simples pessoa pobre com a aplicação das lei ideal; então, trata-se de unirmos tudo isso e, aí, você terá pessoas em comunidades muito pobres vivenciando a aplicação da lei como nós, que ainda é imperfeita mesmo para nós, mas amigo, é muito bom saber que você pode ligar para o 911 e que há alguém para te proteger.
21:53
CA: Eu acho que você tem feito um trabalho espetacular ao trazer a atenção do mundo para isto no seu livro e aqui, hoje.
22:00
Muito obrigado.
22:01
Gary Haugen.
22:02
(Aplausos)

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