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sábado, março 05, 2016

Psicologia - Frase da semana, 06MAR16: PUXAR PELA IMAGINAÇÃO... É MESMO!

Psicologia - Frase da semana, 06MAR16: PUXAR PELA IMAGINAÇÃO... É MESMO!


«Nenhuma palavra é poética, o que faz que a palavra se transforme em palavra poética é a outra palavra, a que estava antes, a que vem depois.» (José Saramago, in "A esquerda não faz a mínima ideia do mundo", Veintitrés, Buenos Aires, 7 de Fevereiro de 2002, entrevista de Eduardo Mazo)


Tantas vezes que desafio, desafio, e desafio; insisto, insisto, e insisto com os meus alunos para que ousem escrever!... Se deixem escrever!... Que deixem que a palavra seguinte apareça depois da anterior. Uma vez... duas vezes... três vezes... Os alunos - a generalidade das pessoas! - pensam que não são capazes; que não vale a pena. Têm na cabeça que ou se é escritor ou não é. E que é preciso sempre escrever textos grandes; como se fossem grandes caminhadas - e mesmo que a gente diga que também essas começam por um pequeno passo, e depois outro, e depois outro. Às vezes o passeio de uma ponta à outra da minha rua tem tantos motivos para olhar, pensar e escrever!... E são mesmo só duas ou três palavras! O que é preciso é mesmo começar a escrevê-las!
«[A imaginação] pode surpreender-nos, claro que sim. Todos nós que escrevemos sabemos que isso acontece e é o melhor que nos pode acontecer. É quando nos surpreendemos a nós mesmos, quando uma coisa que parecia não estarmos a pensar nela quatro palavras antes e que, quatro palavras depois, aparece. Creio que há um processo que leva alguns a dizer com exagero que o livro se escreve a si mesmo. É claro que não, precisa das mãos, da cabeça, mas há qualquer coisa… que no fundo as palavras se procuram umas às outras. Nenhuma palavra é poética, o que faz que a palavra se transforme em palavra poética é a outra palavra, a que estava antes, a que vem depois.»

domingo, abril 19, 2015

Psicologia - Frase da semana, 019ABR15: O QUE É REAL E O QUE NÃO É.

Psicologia - Frase da semana, 019ABR15: O QUE É REAL E O QUE NÃO É.

"Todo lo que puedes imaginar es real" é uma afirmação cuja autoria o Tempo atribuiu a Pablo Picasso.
Mais do que contestar ou asseverar tal autoria, o que pode ser interessante, no olhar da Psicologia, é o que vale uma afirmação assim dita por um artista pintor.
Comecei por escrever a frase na que terá sido a língua materna de Picasso; mesmo que a França tenha sido o país que escolheu para viver em permanência; e é em França que se encontra enterrado.
Como psicólogo, preferiria dizer que "Tudo o que se pode imaginar existe."
Mas esta é apenas a minha opinião. Na verdade, a frase que o artista terá proferido é mesmo esta:

Os saltimbancos, pintado em 1905. Parece que teve uma gestação demorada,
curiosamente, 9 meses. Que realidades inspiraram o pintor, ou que realidades
quis ele retratar ou simbolizar, não sei... Sei que faz parte da minha realidade
de há muitos anos, há muitos anos que me inspira e ajuda a pensar.
"Tudo o que se pode imaginar é real."

No reino da mente, tantas vezes chega a ser terrível o que cada indivíduo mostra a si mesmo como real e como imaginário. A nossa capacidade de fantasiar, de imaginar é infinita - e leva-nos aos céus e aos infernos do bem-estar pessoal.
Também Picasso terá experimentado este balanceamento, que tanto terá marcado as vicissitudes dos seus afectos; da criação dos seus quadros e do desenvolvimento das suas obras.
Sim, seja, tudo o que se pode imaginar é real - pelo menos na força e no determinismo com que marca a realidade do pensamento, da acção e do relacionamento interpessoal da pessoa que imagina.

"Everything you can imagine is real."