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domingo, fevereiro 22, 2015

«"O prazer de ser capaz!" - Isto é um plágio!»

(texto apresentado no Ciclo de Conferências "Cruzar saberes: Um percurso reflexivo transdisciplinar", no Centro de Formação de Escolas António Sérgio (Lisboa), em 20 de Fevereiro de 2015)
Captamos, integramos, assimilamos a Realidade através das entradas sensoriais com que a biologia da espécie nos equipou; conduzimos depois essas sensações para o cérebro, que a Evolução trouxe a um estádio espantoso de desenvolvimento e competência. Generosa, a Evolução equipou-nos também com uma extraordinária capacidade de produzir sons, e com isso criámos falas que transportam significados a propósito da Realidade que nos envolve, mas também da que criamos dentro de cada uma das nossas cabeças.
Sem que ainda o saibamos explicar, os bebés novos falantes ganham muito rapidamente o domínio das gramáticas das línguas e aceleram exponencialmente a capacidade de aprender, de criar e de comunicar… até que – repito-o – os professores, com a conivência dos pais – refreiam essa notável competência infantil e distorcem-na; isso mesmo, distorcem-na. Nos ministérios governamentais tutelares, gentes de valor muito duvidoso enchem-se da ilusória crença de que têm a sabedoria para tornar as suas crianças os mais capazes prémios nobel do Mundo e enchem os professores de directivas e regulamentações para que realizem essa balofa ilusão – e, distorcendo professores, distorcem o desenvolvimento do pensamento, da inteligência e da capacidade de aprender dos alunos, estragando-lhes, quantas vezes irremediavelmente, o prazer de serem capazes.
(a versão completa do texto, certamente bem mais humorada, está aqui:
https://sites.google.com/site/autoregulacaodocomportamento/textos-pessoais)

segunda-feira, maio 05, 2014

Psicologia - Frase da semana, 05mai14: O desafio de pensar o que já foi pensado

Psicologia - Frase da semana, 05mai14: O desafio de pensar o que já foi pensado

Goethe deve ter lido o que qualquer um de nós pode ler também, por exemplo, que já no
http://pissenlitsgenereux.blogspot.pt/2010/
09/texte-lengagement-selon-goethe.htm
l
tempo dos filósofos da Grécia Antiga se dizia que tudo o que se pensa no presente foi seguramente pensado antes no passado. O que ele fez foi ir um pouco mais além, lançando-nos o repto do que nos cabe fazer no presente; no fundo, no renovado presente de cada geração:

"Tudo já foi pensado antes de nós, o problema é pensar nas coisas outra vez"Goethe, citado por Bronfenbrenner, na obra-mestra "The Ecology of Human Development", publicada em 1979.

Escreve assim Urie Bronfenbrenner, logo a abrir o livro: "Goethe, who commented wisely on so many aspects of human
experience, said of our attempts to understand the world
Everything has been thought of before,
The difficulty is to think of it again."


domingo, março 23, 2014

O que vale pensar interrogativamente?

Psicologia - Frase da semana, 24mar14, "Controlamos ou somos controlados pelo Facebook?"
https://fbcdn-sphotos-b-a.akamaihd.net/hphotos-ak-frc1/t1.0-9/
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O que vale pensar  interrogativamente?
Pensar e deixar pensar...
O valor da diversidade do pensamento; o valor do pensamento individual.
Afirma Jane Goodall depois de estudar o comportamento dos chimpanzés e o comportamento humano durante mais de 40 anos:

- " O que nos torna humanos, penso eu, é a capacidade de nos interrogarmos, que é uma consequência da sofisticada linguagem falada que possuímos."


"What makes us human, I think, is an ability to ask questions, a consequence of our sophisticated spoken language." - Dr. Jane Goodall.

domingo, setembro 29, 2013

A Razão, o Instinto, a Emoção e o Afeto

Meus queridos alunos, apreciem este magnífico testemunho da sábia afirmação que diz que "uma imagem vale mais que mil palavras".
O Homem - é uso dizê-lo - é um ser racional; mas, como já vos disse, a Razão, tal como dela a Filosofia tradicional nos fala, não substitui, na evolução milenar da espécie humana, as emoções e os afetos. A Razão não anula o Instinto, a Emoção, o Afeto, mas, isso sim, acrescenta algo mais à extraordinária capacidade do indivíduo humano e do seu espantoso cérebro.
As imagens do ciclista português Rui Silva, que hoje se tornou campeão mundial de ciclismo, mostram de forma notável - eu diria mesmo, apaixonante - a força das emoções, a força dos afetos; e a maneira como elas invadem a Razão e o auto-controlo do ser humano. Lembram-se de eu vos ter falado como temos em nós os cérebros do crocodilo e da leoa, e que o nosso evolui a partir deles, mantendo-os e acrescentando-lhes camadas evolutivamente mais recentes e cada vez mais racionais?
Reforço o convite, queridos alunos: apreciem este vídeo, 'frame' a 'frame'!... Vejam, na expressão da face do valoroso ciclista, a maneira como, aos poucos, as emoções sentidas sobrevêm e afogam claramente a compostura racionalmente pensada.