domingo, janeiro 12, 2014

Psicologia - Frase da semana, 13jan14, A importância dos laços, a importância dos afetos.

Psicologia - Frase da semana, 13jan14, A importância dos laços, a importância dos afetos.


É mesmo a primeira lição que João Vieira Pinto afirma ter recebido de Eusébio. Fala de laços humanos, de afetos, e de confiança básica; fala de boa fé, simpatia e empatia. De absoluta inversão do velho dito popular "Ver para crer".
"Ele gostava muito de mim como jogador e acolheu-me muito bem, como aliás fazia com toda a gente que chegava ao Benfica."
http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=451367
  1. BEM RECEBER.  Quando cheguei ao Benfica, em 1992, vindo do Boavista, já o conhecia, da seleção, e estabelecemos logo uma boa relação. Senti-me sempre protegido por ele. Ele gostava muito de mim como jogador e acolheu-me muito bem, como aliás fazia com toda a gente que chegava ao Benfica.
  2. MELHORAR. Depois dos jogos, costumávamos falar sobre o que tinha acontecido, analisávamos os lances e as movimentações que tinham corrido menos bem, para que no domingo seguinte isso já saísse perfeito - ou pelo menos melhor.
  3. ELOGIAR. Quando um jogo me corria bem, ele era o primeiro a vir ter comigo a dizer "estavas endiabrado", "partisre aquilo tudo", "estás em grande forma".
  4. LUTAR. Ele dizia sempre que nunca podíamos desistir de um lance, tínhamos de lutar, dar tudo em campo. Ele contava histórias das lesões e realçava que queria jogar sempre.
  5. JOGAR AO ATAQUE.  O Eusébio era muito objetivo, tinha uma enorme velocidade e potência de remate. E por isso dizia que a finta era apenas um recurso, que o jogo se fazia a avançar no terreno.
  6. REMATAR SEMPRE.  O Eusébio, até na bancada, a ver os jogos, quando via um avançado perto da área gritava: "Chuta." Esse também era um dos conselhos recorrentes dele. Perto da área, não valia a pena estar com rodriguinhos, era arranjar espaço e chutar, porque se não se chutasse não se marcavam golos de certeza.
  7. APURAR A TÉCNICA. Falava muito comigo sobre a forma de rematar, de colocar o pé na bola, de inclinar o corpo. Nos livres, treinava comigo a melhor maneira de colocar a bola em arco no lado contrário. Costumava marcar cantos do lado de fora da linha de campo, já atrás da baliza, e a bola descrevia um arco e entrava. No fim dos treinos ele desafiava-me, a mim e aos outros, a fazer melhor do que ele. Eu às vezes conseguia, mas ele ganhava quase sempre esses concursos de cantos diretos. Era isso ou ver quem é que acertava mais vezes na barra. Ou quem colocava a bola no meio das pernas de um jogador num passe de 30 metros. Fazíamos exercícios de grande precisão e de grande execução técnica.
  8. AMIZADE. Tornei-me amigo dele. Íamos muitas vezes almoçar ou jantar e falar dos seus grandes tempos de jogador. Tinha uma ótima relação com ele. Muitas vezes, quando o Benfica jogava no estrangeiro, no regresso o autocarro levava-nos até ao Estádio da Luz e depois eu é que o ia levar a casa. (Em Sábado, edição n.º 506, de 8 de janeiro de 2014, pág. 61)

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