sábado, abril 19, 2014

Psicologia - Frase da semana, 21abr14: À volta da ideia de Morte e Ressurreição

Psicologia - Frase da semana, 21abr14: À volta da ideia de Morte e Ressurreição


"O anseio de continuar a existir é a mais antiga e a mais grandiosa
http://it.wikipedia.org/wiki/File:Head_of_a_philosopher
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de todas as formas de eros." 
Plutarco (século I). Non posse suaviter vivi secundum Epicurum (1104C )

 "The longing for being, the oldest and greatest of all forms of eros."
Muitos autores  - da ciência, da filosofia, da literatura, das outras artes - produzem escritos, produzem obras sobre a perenidade da existência individual.
No livro onde encontrei a afirmação de Plutarco, logo mais abaixo vem esta reflexão de Richard Dawkins (1976):
"Quando morremos, existem duas coisas que podemos deixar depois de nós: genes e memes. Nós fomos construídos como máquinas de genes, criados para passar adiante os nossos genes. Mas esse nosso aspecto estará esquecido em três gerações. Os nossos filhos, ou mesmo os nossos netos podes apresentar alguma semelhança connosco, em traços faciais talvez, no talento para a música, na cor dos cabelos. Mas, a cada geração que passa, a contribuição dos nossos genes é cortada pela metade. Não demora muito até que chegue a proporções negligenciáveis. (...) Mas, se contribuirmos para a cultura mundial, se tivermos uma boa ideia, compusermos uma melodia, inventarmos um artefacto tecnológico, escrevermos um poema, isso poderá continuar vivo, incólume, até muito tempo depois que os nossos genes se tenham dissolvido no reservatório comum. Sócrates pode ou não ter um ou dois genes hoje ainda vivos no mundo, mas quem se importa? Os feixes de memes(1) de Sócrates, Leonardo, Copérnico e Marconi continuam vigorosamente ativos." 
[I have been a bit negative about memes, but they have their cheerful side as well.] When we die there are two things we can leave behind us: genes and memes. We were built as gene machines, created to pass on our genes. But that aspect of us will be forgotten in three generations. Your child, even your grandchild, may bear a resemblance to you, perhaps in facial features, in a talent for music, in the colour of her hair. But as each generation passes, the contribution of your genes is halved. It does not take long to reach negligible proportions. [Our genes may be immortal but the collection of genes that is any one of us is bound to crumble away. Elizabeth II is a direct descendant of William the Conqueror. Yet it is quite probable that she bears not a single one of the old king’s genes. We should not seek immortality in reproduction.]
But if you contribute to the world’s culture, if you have a good idea, compose a tune, invent a sparking plug, write a poem, it may live on, intact, long after your genes have dissolved in the common pool. Socrates may or may not have a gene or two alive in the world today, as G. C. Williams has remarked, but who cares? The meme-complexes of Socrates, Leonardo, Copernicus and Marconi are still going strong. (From Chapter 11 of The Selfish Gene: 30th Anniversary Edition)

(1) Meme, explicado de uma forma muito simples, é a unidade básica de memória, física (no cérebro) ou representada por um escrito, por uma obra (desenho, pintura, escultura, objeto, etc.), tal como o gene é a unidade básica da informação genética. O termo foi criado pelo próprio Richard Dawkins. 

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