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James Joyce, in Ulisses (1922).
O ditado popular que dá título a este apontamento tem a mesma sabedoria da afirmação produzida pela personagem de James Joyce.
No fundo, a ideia que se pretende transmitir vai ao arrepio do vício que as escolas, os pais e os professores, na sua maioria, inculcam desde muito cedo na cabeça das crianças: que é feio errar. É muito pequena a margem que na vida e sobretudo na escola as crianças e os jovens têm para os erros. Aprendem (que absurdo tão grande!...) a ter medo de errar! Quando o que a escola existe - ou deveria existir - para não ter medo de pensar. E não possível ter um pensamento produtor de conhecimentos sem oportunidade franca de errar!
Quantas vezes as crianças e os jovens têm um pensamento novo, uma ideia diferente, uma forma nunca vista ou pensada de ver as coisas, qualquer coisa apraentemente original, nem que seja apenas para si mesmas; mas logo são tomadas pelo condicionamento educativo: será que é um erro?... será que tem algum interesse?... hum... é melhor ficar calado, é melhor não dizer nada, ainda ralham ou gozam comigo, deixa-me mas é estar caladinho...
"A man of genius makes no mistakes. His errors are volitional and are the portals to discovery."
James Joyce, in Ulysses. Ulysses (1922) is a novel by James Joyce, written in Trieste, Zurich, and Paris (1914-1921).
No fundo, a ideia que se pretende transmitir vai ao arrepio do vício que as escolas, os pais e os professores, na sua maioria, inculcam desde muito cedo na cabeça das crianças: que é feio errar. É muito pequena a margem que na vida e sobretudo na escola as crianças e os jovens têm para os erros. Aprendem (que absurdo tão grande!...) a ter medo de errar! Quando o que a escola existe - ou deveria existir - para não ter medo de pensar. E não possível ter um pensamento produtor de conhecimentos sem oportunidade franca de errar!
Quantas vezes as crianças e os jovens têm um pensamento novo, uma ideia diferente, uma forma nunca vista ou pensada de ver as coisas, qualquer coisa apraentemente original, nem que seja apenas para si mesmas; mas logo são tomadas pelo condicionamento educativo: será que é um erro?... será que tem algum interesse?... hum... é melhor ficar calado, é melhor não dizer nada, ainda ralham ou gozam comigo, deixa-me mas é estar caladinho...
Os sistemas públicos de educação e ensino - claramente isso acontece com o nosso, o português - dão cada vez menos margem para os erros; ou seja, no fundo, para a aprendizagem, para a verdadeira aprendizagem, a que resulta da reflexão e da experiência pessoal, do contacto direto e do manejo dos objetos de conhecimento. A organização formal, oficial, das aulas, hoje em dia, impede gravemente o processo básico da aquisição do conhecimento, tal como tão limpidamente mostrado, já há muitos anos, por Jean Piaget: a dinâmica cognitiva da assimilação e da acomodação. O drama, a estreiteza da margem é tanto maior quanto mais se sobe nos degraus da escalada académica. A mais pequena décima de valor na avaliação pode fazer diferença nos resultados escolares finais! É o paroxísmo do absurdo e da negação da aprendizagem livre, motivada, saboreada; e consistente.
Como mudar este estado de coisas? Ousando... Desafiando... Esperando que os professores estejam do mesmo lado.
Como mudar este estado de coisas? Ousando... Desafiando... Esperando que os professores estejam do mesmo lado.
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